quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

*Das novas-antigas descobertas...*

*Pra ela que redescobriu o amor*
Quando o carnaval chegou, com todas as suas cores, ela sentou na soleira e viu o bloco passar.
O som dos tamborins e percussões não excitavam-na desta vez. As risadas, o etanol, as colombinas, os pierrots e arlequins...nada a atraía. Hoje ela acordara dançando, somente em seu coração, a música que o amor ditou. Sim, porque o amor dita regras. Ele não pede, ele não explica, ele não dá escolhas. Ele simplesmente chega e te apossa o peito, terreno vulnerável demais para movimentos reacionários. Hoje ela acordara assim...vestindo a fantasia de "Julieta" em sua alma e sem vontade de embalar ritmos na avenida. Amor como o dela, ainda novinho em fraldas, precisava ser cuidado, ninado, alimentado antes de sair porta a fora. Também ela não queria que ninguém o soubesse. Queria guardá-lo pra si, pra depois poder lembrar-se de cada sensação, de casa suspiro dado, de cada silêncio consentido. Com sentido.
Quando o amor chegou, com todas as suas dádivas, ela sentou na soleira e viu o carnaval passar, emudecida com o compasso do próprio coração.
Ps.: Porque, mesmo sem te ver, creio eu que o brilho dos teus olhos apaixonados deve superar a exuberância de qualquer carnaval. Boa sorte, ptichka.

4 comentários:

  1. O carnaval é uma forma dos mal-amados descobrirem que nem tudo na vida é só maravilhas...
    o carnaval na verdade é uma mera ilusão de diversão... serve apenas para nos enganarmos e enganarmos friamente o que realmente sentimos.
    e viva a avenida!

    ResponderExcluir