sábado, 29 de dezembro de 2012

De tudo que eu falei...


*...enquanto você dormia*

Esperei você dormir pra dizer o que eu sempre quis dizer de dia.
Dizer que pode parecer estranho mas ainda desconheço alguns vértices do teu quadrado.
Ainda preciso aprender a ouvir o que você me fala, fazendo a conexão ouvido-cabeça-coração de uma forma que isso não me machuque.
Ainda preciso calar certos pensamentos.

Dizer que, dentre tantas coisas que já aconteceram, as boas ficaram. Mas ainda te guardo algum rancor daquelas lágrimas que teimaram em cair.
Ainda tenho que ficar.
Ainda preciso ver.

Esperei você dormir pra dizer que essa noite eu não queria brigar.
Mas foi você quem começou.
E eu ainda tenho que aprender a parar.
Ainda preciso parar de insistir.

Quiçá tudo isso não passasse de covardia minha.
Mas é que dormindo, calado, passivo, você é mais fácil de ser amado.

E eu não sou de ferro.



Ps.: "Tudo pode parecer a todo tempo de verdade." Mas deixa rolar.

domingo, 4 de novembro de 2012

"De uma noite longa..."

*...pra uma vida curta*

Fora todos os cantos e esquinas que a vida nos impõe neste caminhar, vou bem.
Esse ano - que falta pouco - se encerra, foi de muitas descobertas, nenhum tempo e todas as possibilidades.
No começo eu quis beber tudo de uma vez, como se toma remédio amargo pra dar logo fim ao sofrimento.
Depois eu percebi que essa seria uma etapa de mim mesma que carecia de rascunho e definitiva. Lápis e caneta. Protótipo. 
Era preciso me reinventar de certezas que eu talvez já possuísse. Era preciso me sentir centrada, equilibrada, focada. Adulta.
E não tem coisa pior que "adultismo" quando a alma da gente ainda quer ser criança.





Ps.: Essa noite coloquei o colchão ao lado da cama de minha mãe. É que parece que o bicho papão resolveu morar dentro dos meus pensamentos e eu tive medo. Como há muito não sentia.


sábado, 12 de maio de 2012

Das menores coisas


*que se tornam únicas*

Quer um segredo? Eu sabia que era amor desde aquele primeiro dia. Cada parte minha que se encaixava em você naquele instante só queria ficar ali. Permanecer.
O coração da gente reconhece quando fica vulnerável. Tanto reconhece que tem medo e finge nem saber...mas sabe. Sente. Eu sabia desde aquele dia. Tanto sabia que achei melhor fingir que não, dizer que não. Mas previa.
E senti medo por diversas vezes. Medo de dizer sim. Medo de parecer superficial. Medo de me entregar. Mas quem disse que o sol, algum dia, precisou de permissão pra brilhar? 
Você nunca pediu pra morar em mim...eu também nunca disse que deixaria, caso você pedisse. De repente, você não só habitava, como tinha a chave mestra..e o que eu pude fazer?! 
Ser tua hóspede dentro de mim mesma. Assistir você encher minha vida, meus dias, minhas horas com esse sorriso de "que importa todo o resto se a gente tem um ao outro?"...
Poder brigar, argumentar, indagar e contradizer você até ver aquela ruguinha de tensão aparecer no seu rosto e imediatamente desaparecer quando fica tudo bem.
Poder ligar a qualquer momento e mesmo assim me surpreender com uma mensagem, um alô fora de hora.
É me esquecer em teu abraço.
É fotografar em meu pensamento todos os gestos e olhares pra depois, quando não juntos, te sentir por perto.
É planejar meio mundo de coisas malucas e, sinceramente, acreditar que vamos realizar todas elas.
É dar valor a cada minuto ao seu lado, nem que seja aquele trajeto casa-trabalho-casa de todo santo dia.
É viver junto.
Não viver no sentido estrito da palavra. Mas na amplidão. Daquele jeito que arde, que queima, que corrói se saudade, que fere se capaz. 
Eu não disse que você podia morar em mim. Eu deixei ficar subentendido.



Ps.: De tudo que eu preciso te falar. Todos os dias.
Ps².: 8 meses. Amor.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

'Doce'

* Tudo novo *

Me perdoem os meus leitores, compartilhadores de sentimentos!
É que eu tenho vivido tão intensamente esses últimos meses que, de repente, as palavras minguaram.
Se vos falar que tenho amado, estarei faltando com a imensidão. Se vos falar que tenho vivido, esperado mais dos dias, ansiado mais por um futuro do qual agora tenho certeza, ainda assim não direi tudo.
Não vos faltei todo esse tempo por desmazelo ou por escassez de inspiração. Faltei por egoísmo, se podemos chamar assim a introspecção, talvez um pouco de medo de gritar e espantar os passarinhos. Faltei porque eu queria - EU PRECISAVA - respirar todas as mudanças que me aconteceram neste passar. Eu queria amadurecer as sensações, apalpar a vida nova sem me permitir perder um instante sequer.
Chega o dia (e a gente precisa acreditar que ele chega!) no qual você pára e pensa '- Encontrei'. Você conheceu pessoas, você angariou bagagem, você viu e reviu e esperou, porque tudo na vida demanda espera e então...touché! Você encontra o que procurava. E o mais engraçado: você reconhece.
, amigo, o que você sente é paz e sossego. Por mais que, por dentro, os sentimentos pareçam turbilhonar, a gente fica mais forte e seguro. Ir em frente parece mais fácil.
Meus leitores, voltei. Agora mais enxuta, mais direta, mais mulher...MAIS FELIZ.


Ps.: A ele, que bem-me-quer todos os dias...te encontrei, enfim. Alguém disse que cada um de nós carrega consigo a imagem ideal da pessoa amada...aquela imagem escolhida pra focalizar todas as vezes em que se quer lembrar. A imagem dos seus olhos sorrindo pra mim, eu nunca vou esquecer. A felicidade tem nome e cor.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Dos sussurros

* no fim da noite *
Ele chegou na minha vida como aquele vento que levanta a saia quando a gente menos espera.
E você fica atabalhoada - constrangida por assim dizer - com a possibilidade de meio mundo de pessoas te enxergando do avesso. Vulnerabilidade é o nome disso.
Ele chegou na minha vida como aquela manhã de domingo que só te faz pensar em brigadeiro, filme antigo e fundo de rede. Aconchego.
Ele chegou desmontando, reconstruindo, cimentando e pincelando tudo. Me reinventou.
E, de repente, ele estava ali...trocando a mobília, pintando a parede de carmim, rearrumando as gavetas...jogou fora a fechadura antiga e me deu outra chave. 
- Mas o que diabos você pensa que está fazendo?
Um sorriso. Aquele de quando você rir com os olhos e eu sinto na alma. Calei. Só senti.
De repente, eu-tão-convexa, só queria me encaixar na tua vida. E te ser e te morar e te ficar. Pra sempre.
Vem, amor. Que essa noite eu vou cantar pra você dormir. 




Ps.: Porque o celular descarregou antes de dizer que eu te amo. Boa noite, príncipe.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Do dia 27/11

* e de mim *
Dessa vez eu tentei me enxergar do avesso. 
E tentei encontrar algo pra dizer que os anos fizeram efeito e agora -de fato- sou uma mulher. Tentei canalizar as emoções, repartir as lembranças e compartimentalizar as experiências...
Em vão. 
Ali, em meio a tanta bagunça de sentimentos, eu achei uma criança assustada. Sentada num canto, cabeça baixa, cotovelos apoiados nos joelhos...
-"E agora?"
Os olhos me lembravam alguém que já fui. 
- Eu não sei...
E peguei-a nos braços. Meu passado e meu presente, de repente, caminhando lado a lado na mesma direção.






Ps.:" Lights will guide you home/ and ignite your bones/ and i will try to fix you..."

sábado, 22 de outubro de 2011

Dessa noite

* De quando meu silêncio conversa com o seu *

Essa noite eu olhei pra ele e permaneci assim algum tempo. Pensativa.
- O que foi? - ele indagou com aquela ansiedade pueril que eu tanto admiro.
- Nada. É que eu tava procurando algo em você que eu não ame.
- E encontrou alguma coisa? - ele perguntou já achando aquilo tudo muito engraçado.
- Sim...1 milhão de motivos pra amar mais ainda!


Ps.: Hoje eu acordei achando que todos os personagens ocupam o seu devido papel, dessa vez. A gente entende bem de finais felizes, meu amor.