domingo, 15 de maio de 2011

*No mais...*

*...estou indo embora*

"Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo. Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim. Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem você nem eu somos descartáveis. . . . E eu acho que é por isso que te escrevo, para cuidar de ti, para cuidar de mim – para não querer, violentamente não querer de maneira alguma ficar na sua memória, seu coração, sua cabeça, como uma sombra escura." (Caio Fernando Abreu)



Eu vou levando as nossas fotos.
É que me parece que parte da gente ficou petrificada naqueles momentos. Um gesto, um olhar, um sorriso...e me faz bem lembrar de você.
Eu vou levando uma ou duas esperanças também. De que vou ficar bem, de que tu também estarás. De que fizemos o certo.
Mas afinal qual é o certo e o errado disso tudo?
Talvez um dia a gente descubra...não hoje. Ainda cheira tudo a leite.
Eu vou deixando aquela minha frustração antiga. Não a use. Jogue-a fora junto com aquele ciúme velho, aquela decepção crônica. É que eu quero seguir leve.
Não como se não tivesse acontecido, mas como se já tivesse passado.

Melhor assim.


Ps.: E aqueles planos que eu fiz pra nós...sempre serão os nossos planos. Onde quer que esteja, ao realizá-los, lembre-se de mim. Estarei em algum lugar aí dentro.

Ps².: Porque há diversas formas de ser infinito. Fica bem.