quinta-feira, 24 de março de 2011

*Do meu desafio*

*Casa*
Vou construir um casulo em mim pra você morar.
Só porque eu achei você meio assim sem teto, sem eira nem beira, nem chão.
Só porque eu quis um motivo pra te ter por perto, te guardar na estante, ao alcance das mãos.
Só porque no cinza, tu foi verde.
E no fim da história mal contada, a borboleta sempre fui eu.
"João de Barro, eu te entendo agora".


Ps.: Traga-me de volta.

quinta-feira, 10 de março de 2011

*Carnaval*

*Bodas de lírios*

Mandei ladrilhar toda a avenida.
É que eu fiquei sabendo que você viria com bumbos, serpentinas e fantasias.
Afinei cada instrumento pra soar teu ritmo e reinventei cada gesto pra somar teus pontos. Pra te julgar desenvolto.
Mandei que me pintassem Colombina, só pra ti, Arlequim da vida inteira.
Gritei pra o mundo que tu rimaria uma melodia só pra mim. Samba-enredo pra essa história onde a gente se encontra mesmo quando se desencontra.
Aí, quando prestes a colocar meu bloco na rua, tu me vens dizer que esse ano não tem carnaval. Que eu ponha o pijama e coe o café, pra gente dormir mais cedo.
Não tem problema. Também sei amar calada.



Ps.: Ai Mestre Cartola...dai-me forças.
Ps².: Minha Tulipa. Ainda te sou Eucalipto?