segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

*Desentendidos*

* Só pra você saber *

Quando eu falei em emoções fortes, pensei em roda gigante ou mesmo dois "loopings" de montanha russa. Pensei na gente rindo feito dois malucos, sem parar.
Não imaginei, sequer por um segundo, tufões e terremotos. Nem que tu fosse capaz de passar assim: arrastando, desordenando, bagunçando tudo aqui dentro.
Quando eu te pedi que acelerasse mais, pensei em adrenalina. Em vento, cabelos e sensações. Liberdade, até.
Não em atropelos, arranhões, machucados. Nem em você, espezinhando esse amor que só te guarda.
Quando eu quis aproximação, pensei em dormir de conchinha: meu corpo no teu e minha alma na tua. 2 em 1.
Não pensei em sobreposição. Em dependência ou subserviência. Nem em você me exigindo, me sugando, limitando.
Quando pensei em nós, eu desejei apenas rir ao lado teu. Rir de ser feliz. Rir [e] ser feliz.
Aí você não entendeu.
Que culpa tenho eu?






Ps.: Das lágrimas que eu derramei esse fim de semana. Todas suas. Bom proveito.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

*A dois*

*Meu compasso*

Ele foi a primeira pessoa que dançou conforme a minha música.
Não ousou, não perguntou, não criticou, nem interveio...
Dançou. Como se conhecesse acordes, notas e ritmo.
Olhei aturdida quando o vi mover-se tal qual eu desenhara.
Tive medo.
Sempre pareceu mais fácil traçar uma melodia e esperar a primeira falha do arranjo. O primeiro passo em falso, o pliê desajeitado, o tombo. Os ritmos, sempre distintos do meu, deixavam claro a possibilidade - aceitável - de ficar sozinha no salão.
Ninguém conhecia minha música, então não adiantaria tentar...no fim só me restariam bolhas nos pés e cansaço na alma.
Aahh o amor...maestro das mais lindas sinfonias. Autor das mais belas canções. Culpado pelas emoções.
Uma vida toda de espera e ele, agora, ensaiando meus passos. Bem ali na minha frente. Como se eu, platéia, o recebesse protagonista da minha vida inteira. Antes sem cor, hoje furta-cor.
E a surpresa maior chegando quando ele mandou parar a orquestra. Me armei em 'nãos', me calei em 'sim', me fugiu o talvez.
- É que sua melodia encaixa direitinho na minha letra...vem, dança comigo?
Foi aí que eu entendi que não era mais minha música e, sim, a NOSSA música.
Começou a ter sentido.
Não me sinto mais sozinha no salão.



Ps.: Pra ele que já tinha escrito a poesia perfeita da minha melodia, antes mesmo daquele carnaval.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

*Pra ele*

*Declaração*

É que hoje me deu uma vontade maluca de dividir o meu melhor sorriso com você...
e partilhar meu abraço,
e te contar meus sonhos, mesmo aqueles que insisto em destilar sozinha,
e te pedir que esqueça todas as vezes em que exigi solidão
- eu quero mesmo é presença -
e te ceder minha vida, meu quarto, meu edredom
e te oferecer meu colo, meu corpo, meu gosto
e te viver sem medo
e te deixar ficar
e te morar pra sempre...
Quer amar comigo?



Ps.: "Deixa estar que o que for pra ser vigora" (M.G)
Ps².: Porque desde que chegastes, não me sinto mais sem teto. Tu és minha casa.