sábado, 22 de maio de 2010

*De nada...*

*Além de mim*
Hoje me faltou tudo que vem me faltando nessa vida toda.
De tudo um pouco. Do pouco, o muito.
Mais colorido no cinza. Mais balanço na valsa.
Me faltou aquele sonho esquecido
Me faltou aquele beijo
Me faltou aquele livro
Me faltou aquele encanto
Me faltou aquela viagem inesquecível
Me faltou o jantar à luz de velas
- as rosas e abismos -
e o motel barato na estrada.
Me faltou sentir
Me faltou dizer
Me faltou ser
Me faltou estar.
Me faltou qualquer coisa de preencher vazios. De entreter a cabeça. De seduzir a alma da gente.
E tentada a sair em busca do qualquer, viajei os pensamentos por algum lugar aqui dentro. Ardia ali uma exclamação transvestida de você: nenhuma possível falta me pareceu tão torturante. E se é falta o motivo do meu tédio, digo que a todas suporto. A todas me rendo. Mas não me falte, você, essa noite sem lua. Que eu quero te olhar com as mãos, te cheirar com a boca e te lamber com os olhos. E ver que nada mais importa.
Nada me falta quando você está aqui.
Ps.: Porque pra ser sua basta ser eu. Quero.

3 comentários:

  1. gosto do seu jeito de escrever, tão cheio de cores, cheiros...

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  2. Ain... que lindo, amiga.
    Saudades do teu riso que pra mim tem som dos 1000 guizos do Pequeno Príncipe, é só olhar pras estrelas.

    Ando precisando de ti.
    Beijo.

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  3. 'nenhuma possível falta me pareceu tão torturante'

    Forte, lindo!

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